E se eu gritar?

Que quero voltar.
Que não quero amadurecer.
Que quero permanecer, ali, onde eu morri.
Não quero seguir em frente, a dor não é tão ruim.
Vou me apegar até o último fio que tenho de você aqui.
Vou sofrer até que as feridas comecem a dar câncer ou algo parecido.
Vou jogar tudo pro alto e correr, na sua direção.
Talvez eu estrague tudo, mas eu não ligo.
Eu quero.
Quero gritar que te amo,
que ainda sou apaixonada por você.
Ainda sonho e te desejo. Como nunca, agora.

Quer saber? Não diga nada... Me deixa sonhar.

O muro está sendo erguido.

Reparei numa cicatriz que eu tenho no dedo mindinho da mão direita.
Fiz andando de bicicleta. Queria arriscar ir pra um lugar estreito, e meu dedo raspou na parede.
Eu não deixei de tentar, nem de andar de bicicleta só porque me machuquei...
Esse muro não será impenetrável. Digamos que ele terá uma passagem secreta.
Que só quem for especial o suficiente consiguirá passar por ela. :)
Garanto que não será fácil.

Construindo o muro - Parte I

Eu irei me jogar na cama, sem me importar de fechar a porta.
No escuro com sua camisa que eu ainda não consigui me desfazer.
Eu vou chorar e te ligar.
Você vai dizer que é pra eu me acostumar com isso, porquê vai passar.

Vou ficar aqui sentada vendo o sol se pôr pela janela do meu quarto.
Então, quando eu entender e tudo fizer sentido, eu te ligo.
Pra dizer que te amo e que tô feliz.
Talvez eu até sorria.

:)

Um , dois, três... Testando, testando...

Ok, amanhã eu conto mais.

Bjo na testa.